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A Espera da Temperança

A Espera da Temperança


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Ir.: Claudio Alvim Zanini Pinter[1]

A Origem

Antes de chegarmos na face da terra ...

Nossos progenitores de triacontavós até nossos pais

Trilharam muitos caminhos,

Retos, tortuosos, largos, estreitos, pedregosos, arenosos, movediços, alagados...passando por cânions, falésias..

Seguido dos cantos dos pássaros ou rugidos de leões

Do ruído das guerras,

Do replicar dos sinos,

Em algum momento nossos progenitores se encontraram

Se amaram

Se multiplicaram

E assim, um dia, nossos pais nos aguardavam, esperavam...

 

O Nascimento

A barriga da mãe crescia

E assim, se passaram quase nove meses...

A espera tornou-se um irmão ou uma irmã invisível..

Espera para amanhecer

Espera para crescer

Doce espera para brincar

Feliz espera para trabalhar

E pronto para repetir os caminhos ...

 

O Desenvolvimento

 

A espera é inimaginável

Existe a espera do amor,

Espera do perdão

Espera da reconciliação

Espera da palavra mágica

Espera do rigor

Espera da chegada

Espera da partida

Espera sem esperança

É a espera sombria, sem harmonia

Feita de desesperança

Fruto da ignorância como se fosse um mito que nunca se alcança...

Agora é tarde porque chegou a espera da balança com símbolo da esperança...

 

A partida

Agora após tanta espera com a minha fera pacificada

Da sabedoria alcançada

Posso trilhar caminhos

Que me conduzam à luz

Que posso continuar ouvindo o canto dos pássaros e a trombeta dos anjos

E depararei-me com o Criador

A Espera Esperada

Agora, cheio de esperança

Imaginei que não haveria mais espera

E que não precisaria mais retornar

Para esperar o meu irmão que não estendi a mão

E que com tamanha rigidez

Lhe furtava a esperança...

 

A Sublime percepção

Ao subir mais um degrau...

O Criador pediu para eu esperar um pouco mais...

Jamais imaginava que tinha que esperar o meu irmão que fora por mim  ignorado sem nenhuma consideração

Não imaginei que minha omissão diante da situação

Da marginalização do desconhecido irmão

fosse tamanha perturbação

por ter seguido à frente

diante da ilusão de aplausos e bajulação

Agora percebo conquanto

minha espera é tortuosa, enquanto meu irmão vive a temperança

Portanto, a maior dor da espera é de não ter sido a esperança de alguém enquanto criança

Compreendi na espera de que o trabalho só se encerra

Quando despertar na face da terra um novo estado de consciência para todos os meus irmãos.

Não havendo mais nem bem, nem mal.

E assim a minha espera com temperança só se alcança

Quando se levanta o irmão caído na desesperança

É preciso fraternalmente chegarmos juntos no topo da montanha

O próximo degrau surge por merecimento

Do contrário,  neste próximo passo você depara-se com o abismo e aí encontra o seu caráter!

Irá ser um trabalho hercúleo retornar do abismo e carregar os seus irmãos

Que foram desprezados, marginalizados, escravizados  usados sem nenhuma consideração ignorando Lei Superior que a tudo e a todos rege desde a Criação. 

Agora eu sei que a espera é a minha punição

Enquanto não retornar e trabalhar em prol do bem estar do meu irmão. Que assim seja!


[1] Poema escrito e apresentando na sessão online do dia 13/10/2020 pelo Ir.: M.:M.: Claudio Alvim Zanini Pinter da ARBLS Acácia do Sul, 33 Or.: Tubarão – SC – GOSC  e do Grau 18, Cavaleiro Rosa-Cruz, durante a sessão do  Grau 9,  Mestre Eleito dos Nove  da Respeitável Loja de Perfeição Luiz Mendes do Or.: de Tubarão – SC.

 
 
 

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