A Espera da Temperança
- Claudio Alvim Zanini Pinter

- 26 de out.
- 3 min de leitura
A Espera da Temperança

Ir.: Claudio Alvim Zanini Pinter[1]
A Origem
Antes de chegarmos na face da terra ...
Nossos progenitores de triacontavós até nossos pais
Trilharam muitos caminhos,
Retos, tortuosos, largos, estreitos, pedregosos, arenosos, movediços, alagados...passando por cânions, falésias..
Seguido dos cantos dos pássaros ou rugidos de leões
Do ruído das guerras,
Do replicar dos sinos,
Em algum momento nossos progenitores se encontraram
Se amaram
Se multiplicaram
E assim, um dia, nossos pais nos aguardavam, esperavam...
O Nascimento
A barriga da mãe crescia
E assim, se passaram quase nove meses...
A espera tornou-se um irmão ou uma irmã invisível..
Espera para amanhecer
Espera para crescer
Doce espera para brincar
Feliz espera para trabalhar
E pronto para repetir os caminhos ...
O Desenvolvimento
A espera é inimaginável
Existe a espera do amor,
Espera do perdão
Espera da reconciliação
Espera da palavra mágica
Espera do rigor
Espera da chegada
Espera da partida
Espera sem esperança
É a espera sombria, sem harmonia
Feita de desesperança
Fruto da ignorância como se fosse um mito que nunca se alcança...
Agora é tarde porque chegou a espera da balança com símbolo da esperança...
A partida
Agora após tanta espera com a minha fera pacificada
Da sabedoria alcançada
Posso trilhar caminhos
Que me conduzam à luz
Que posso continuar ouvindo o canto dos pássaros e a trombeta dos anjos
E depararei-me com o Criador
A Espera Esperada
Agora, cheio de esperança
Imaginei que não haveria mais espera
E que não precisaria mais retornar
Para esperar o meu irmão que não estendi a mão
E que com tamanha rigidez
Lhe furtava a esperança...
A Sublime percepção
Ao subir mais um degrau...
O Criador pediu para eu esperar um pouco mais...
Jamais imaginava que tinha que esperar o meu irmão que fora por mim ignorado sem nenhuma consideração
Não imaginei que minha omissão diante da situação
Da marginalização do desconhecido irmão
fosse tamanha perturbação
por ter seguido à frente
diante da ilusão de aplausos e bajulação
Agora percebo conquanto
minha espera é tortuosa, enquanto meu irmão vive a temperança
Portanto, a maior dor da espera é de não ter sido a esperança de alguém enquanto criança
Compreendi na espera de que o trabalho só se encerra
Quando despertar na face da terra um novo estado de consciência para todos os meus irmãos.
Não havendo mais nem bem, nem mal.
E assim a minha espera com temperança só se alcança
Quando se levanta o irmão caído na desesperança
É preciso fraternalmente chegarmos juntos no topo da montanha
O próximo degrau surge por merecimento
Do contrário, neste próximo passo você depara-se com o abismo e aí encontra o seu caráter!
Irá ser um trabalho hercúleo retornar do abismo e carregar os seus irmãos
Que foram desprezados, marginalizados, escravizados usados sem nenhuma consideração ignorando Lei Superior que a tudo e a todos rege desde a Criação.
Agora eu sei que a espera é a minha punição
Enquanto não retornar e trabalhar em prol do bem estar do meu irmão. Que assim seja!
[1] Poema escrito e apresentando na sessão online do dia 13/10/2020 pelo Ir.: M.:M.: Claudio Alvim Zanini Pinter da ARBLS Acácia do Sul, 33 Or.: Tubarão – SC – GOSC e do Grau 18, Cavaleiro Rosa-Cruz, durante a sessão do Grau 9, Mestre Eleito dos Nove da Respeitável Loja de Perfeição Luiz Mendes do Or.: de Tubarão – SC.




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